segunda-feira, 18 de maio de 2009

Me empolguei um pouquinho hoje... Texto mega-gigante

Hoje é o momento da pausa para reflexão. Tava lendo meus textos aqui e cheguei a conclusão que não tem nada que preste ahahaha.
Nem a foto do Yoshi ficou bem posta!

Então resolvi que hoje vou contar uma história que "reza a lenda" é verdadeira:

Ao lançar um pacote Windows novo, a Microsoft oferecia para seus usuários o Internet Explorer sem custo adicional. Na época, existiam poucos programas de navegação. Basicamente era o IE e o Netscape que concorriam. O ato da Microsoft, de oferecer o programa, transformou o IE no sucesso que é até hoje (Embora existam outros programas ganhando espaço, ultimamente).
O ponto é, o pioneiro, o detentor da tecnologia , possui uma vantagem competitiva em relação aos demais. A Microsoft se aproveitou de um produto seu que já era reconhecido (o Windows), e o utilizou para propagar outros produtos.
O fato do Internet explorer ter sido o "vencedor", através dessa estratégia de distribuição gratuita ao cliente Windows, possibilitou a Microsoft ganhar muito dinheiro no longo prazo. Ele virou a base para se acessar a internet. E a partir daí, todos os outros programas de navegação tiveram que se adequar ao jeito IE de ser. Lembrem-se, antes eram apenas 2 marcas principalmente disputando mercado, ao praticamente dominar o mercado, a empresa vencedora tem um custo muito menor em oferecer tecnologia. Embora a empresa não queira que suas "futuras rivais" a alcancem, e por isso a IE tem obrigação de inovar, ela sabe que muitos usuários vão consumir seu produto novo, ou continuar consumindo o antigo. Já, no caso de empresas novas, com pouco espaço de mercado, elas tem dois desafios: O primeiro: Se igualar ou superar a tecnologia da "campeã", mas nesse ponto entra uma questão, ela corre o risco de não ser reconhecida pelo consumidor que "bem ou mal" já está acostumado com a outra marca, e talvez nem se dê ao trabalho de experimentar um outro serviço, se já considera o que ele está utilizando, "bem razoável".
Concordo, que esse custo para o consumidor (principalmente falando em internet) diminuiu absurdamente. E foi graças a isso que o FIREFOX e outros se tornaram tão reconhecidos ultimamente (E se vale a dica, gosto muito do Avast, por exemplo).Vale ressaltar ainda, que na época em que o "evento IE" ocorreu, o acesso a internet ainda era limitado no nosso país, computador ainda era muito caro, e além disso, era linha discada, não era com Velox, Virtua, ou mesmo 3G.
Por esses e outros motivos, sites para baixar programas eram muito pouco conhecidos, e então, porque o consumidor iria ter uma enorme trabalheira, ou gastar dinheiro, para experimentar um programa que talvez nem fizesse tanta diferença assim?

Conclusão, A IE ganhou espaço, a Netscape perdeu. Mas não sem alardes. A Microsoft foi parar na justiça. Foi alegado que a Microsoft não deveria agir assim, que ela estava inibindo concorrência(o que de fato é verdade). E a Microsoft se defendeu dizendo que apenas estava oferecendo um produto de graça para os seus clientes (o que de fato também é verdade).

Ok, eu não sei quem ganhou a ação (o principal aff!!). Mas sinceramente, se eu fosse a juíza daria a causa para a Microsoft.Afinal, analizando friamente as coisas, milhares de empresas fazem o que a Microsoft fez durante séculos e ninguém nunca reclamou. Eu concordo que o tipo do setor, a importância dele e até mesmo, o fato de ser da Microsoft, tornou essa disputa toda um assunto polêmico. Mas de fato não tem nada demais. O que a Microsoft fez foi jogada estratégica. Todas as grandes empresas atualmente possuem um setor que serve para ver as "janelas de oportunidades" que existem e a melhor forma de "tirar o melhor proveito delas"(ou seja, maximizando lucro contábil e/ou econômico).Algumas empresas tem a vantagem de já serem fortes e se hoje são o que são é porque seus donos já queimaram bastante a cabeça trabalhando e cuidando dela.Por esse motivo, acho que elas tem todo o direito de se beneficiar disso.

É claro, que não deve ser nem 8 nem 80. A compra de uma grande empresa por outra é algo, por exemplo, que merece ser visto com cuidado. Monopólios geram preço muito mais elevado e quase nenhuma melhora em qualidade. Empresas que não possuem concorrência não possuem muito estímulo para melhorar sua situação de mercado. Afinal, "é o olho grande que faz a economia girar".Sem parâmetro para comparação, perde a graça.

Agora, oferecer serviço para o cliente é válido. Lembro novamente, que eu sei das limitações dos meus argumentos. Eu sei que o fato de ter sido a Microsoft, o fato de que o ramo era novo ... e outros fatos, pesam contra os meus argumentos. Mas, prestem atenção nessas situações:

-Eu sou um supermecado e lhe ofereço um "cartão-fidelidade"
-Eu sou um shopping e acima de 200reais você concorre a um prêmio lindo de dia das mães
-Uma fábrica de shampoo e creme onde se você comprar os dois produtos, nós lhe oferecemos grátis o nosso sabonete.
-Eu sou o Silvio Santos e quem comprar produtos Jequiti concorre ao "Roda a Roda" (acho que é esse o nome do programa).

Primeiro caso:

Você já consome serviços da empresa. A empresa está te estimulando a consumir mais coisas alí, ou, consumir as mesmas coisas, mas sem ter chance de mudar para loja. Não chega a oferecer produtos novos. Entretanto, se você costumava comprar pão na padaria, agora já vai começar a pensar em comprar no supermecado quando ele estiver em promoção, e quem sabe, não acabe por comprar sempre ali? (Tudo bem que o desconto já está embutido no preço original, mas isso é um detalhe básico)

Segundo caso:

Estimula o consumidor a comprar mais e adiantar compras. Se você tem as mesmas lojas em 2 shoppings pertos um do outro. Qual você escolheria, o que oferece isso ou o que não oferece nada?

Terceiro caso:

Você já compra o shampoo e o creme mesmo. Porque não iria querer a promoção?

Quarto caso:(E pra mim o mais inteligente de todos)

Estimulo através de um programa que eu sou o dono, a consumirem um produto de cosmético que eu também tenho ligação. Em suma: Propago minhas 2 marcas e ainda por cima o aumento do setor de cosmético paga o gasto do primeiro. Além de não ter custo com propaganda por tempo que é divulgada a marca (já que este é no meu canal de TV).
Para o consumidor é vantagem e para o dono é vantagem também. Não é como oferecer um produto de graça, até porque o programa já existia oferecendo os mesmos prêmios. Então na prática, não existem nem gastos, nem disperdícios.

Esses rápidos exemplos ressantam apenas uma coisa. O quê raios foi que a Microsoft fez demais? Porque eu juro que não acho nada demais.


"Argumentos só servem para serem refletidos e podem ser refutados. Por enquanto, eles estão apenas expostos. Argumentar para ver quem ganha é teimosia."

Nenhum comentário:

Postar um comentário